uma das coisas mais lindas que eu já li, e quero compartilhar...
foi escrito há tanto tanto tanto tempo, mas parece que foi escrito ontem.
a Palavra de Deus é viva e eficaz, foi para ontem, é para hoje é será para sempre!!!
“Embora a seca seque fontes e rios
E os campos fiquem esturricados,
E o gado morra de sede e fome,
E as queimadas devorem os pastos
E os machados transformem florestas verdes em desertos áridos,
E os palácios estejam cheios de corruptos –
A despeito disso minha alegria continuará a florir
E farei poemas diante do Impossível.”
(Biblia Sagrada - Habacuque 3:17-18. Paráfrase).
sexta-feira, agosto 06, 2010
Minha Flechinha!!!
quinta-feira, agosto 05, 2010
Ouvindo Conchas
O Tio do Daniel, Láercio, sempre lembra de nós. Encontrou esse texto e me mandou. Achei lindo! Sensibilidade pura do autor! Diz muito da fase que iremos viver em breve. Muito bom, leiam...
OUVINDO CONCHAS -
Fabricio Carpinejar.
Uma amiga acabou de ser mãe. Frase engraçada. Mãe é nunca acabar de ser.
Mirian mudou completamente o rosto. Está mansa, ela que é conhecida pela rondas entre nomes e novidades. Permanece no mesmo assunto sem nenhuma indisposição. Aguarda que eu termine a pontuação para comentar algo. Fico até intrigado, logo ela afeiçoada à sobreposição de temas e gula insaciável por fofocas.
Achou em si uma serenidade que poucos conhecem. A maternidade é a mais rigorosa espera que há na vida. Depois dela, a gente percebe que o amor platônico da adolescência era superficial. A distância entre as gerações era superficial. Qualquer frustração era superficial.
Uma ilha deserta torna-se insignificante diante do oceano ilhado.
Não estou me referindo à gestação, aos nove meses, à laboriosa arquitetura do quarto, das roupas, da véspera.
A paciência começa agora quando Artur nasceu. É conviver com alguém que não expõe diretamente o que procura e exige nossos rompantes de adivinhação. O bebê se expressa pelo choro. E o choro não é sempre igual. Ele se comove pelo riso, pode ser cócegas. Existem tantas nuances em seus lábios como o leque para o teatro Nô ou as castanholas para a dança flamenca.
Toda mãe gostaria que o filho já falasse. Mas não adianta: ele não fala. Não irá pedir leite, não irá comentar que dormiu mal, não recomendará que se desligue a televisão ou que os pais parem de drama. Não dá para saber se está doendo, se está confortável, se está aquecido, se está com fome, se está incomodado. Deve-se tentar uma coisa e outra, as coisas ao mesmo tempo. Pega-se no colo para conferir a reação, deita-se no berço para controlar o movimento.
É possível montar um histórico dos sinais. Debruçar-se em seus braços indefesos, prevendo uma sequência, um ritmo, uma melodia. Formular uma continuidade dentro das necessidades. É possível criar horários, colher hábitos e condicionamentos, porém nunca ter certeza absoluta do que ele sente. É dormir com a incompreensão do cuidado: Será que ele vive feliz? Trata-se de uma solidão curiosa, uma espécie de incomunicabilidade comunicativa: oferecer tranquilidade ao não desfrutar da própria tranquilidade.
O desejo é ouvir um par de vocábulos para se acalmar. Um aviso de que corremos no caminho certo, de que somos vocacionados; um pouco desajeitados, mas vocacionados.
A vontade é que a criança declare publicamente que é amada.
Não acontece, não vai acontecer.
Pela primeira vez, somos absolutamente incompetentes. Tanto faz se a mãe é aeromoça ou diplomata e conversa em cinco idiomas. Temos que recuar aos gestos e inclinar o corpo para atender uma urgência. Recuar para a absoluta falta de palavras.
O bebê está encarando e pedindo uma solução. E agora? Não é adequado chamar a avó, minuto a minuto, para nos acudir. E agora? Experimenta-se um misto de precipitação e generosidade. Talvez a precipitação seja generosa. Talvez seja loucura de nossa parte, ansiedade, inventamos casualidades e o menino apenas se espreguiça na colcha fofa.
É fazer um gesto e ver que não é aquilo, armar um novo gesto e não ser aquilo. A mãe recente é uma mímica acenando com os cílios para aviões.
Mirian irá se acostumar com o silêncio. Cada vez mais. Descobrirá que ouvir não é entender. Entender depende do esforço da imaginação. Seu filho já tem o que precisa: uma boca para ler.
http://carpinejar.blogspot.com/2010/07/ouvindo-conchas.html
OUVINDO CONCHAS -
Fabricio Carpinejar.
Uma amiga acabou de ser mãe. Frase engraçada. Mãe é nunca acabar de ser.
Mirian mudou completamente o rosto. Está mansa, ela que é conhecida pela rondas entre nomes e novidades. Permanece no mesmo assunto sem nenhuma indisposição. Aguarda que eu termine a pontuação para comentar algo. Fico até intrigado, logo ela afeiçoada à sobreposição de temas e gula insaciável por fofocas.
Achou em si uma serenidade que poucos conhecem. A maternidade é a mais rigorosa espera que há na vida. Depois dela, a gente percebe que o amor platônico da adolescência era superficial. A distância entre as gerações era superficial. Qualquer frustração era superficial.
Uma ilha deserta torna-se insignificante diante do oceano ilhado.
Não estou me referindo à gestação, aos nove meses, à laboriosa arquitetura do quarto, das roupas, da véspera.
A paciência começa agora quando Artur nasceu. É conviver com alguém que não expõe diretamente o que procura e exige nossos rompantes de adivinhação. O bebê se expressa pelo choro. E o choro não é sempre igual. Ele se comove pelo riso, pode ser cócegas. Existem tantas nuances em seus lábios como o leque para o teatro Nô ou as castanholas para a dança flamenca.
Toda mãe gostaria que o filho já falasse. Mas não adianta: ele não fala. Não irá pedir leite, não irá comentar que dormiu mal, não recomendará que se desligue a televisão ou que os pais parem de drama. Não dá para saber se está doendo, se está confortável, se está aquecido, se está com fome, se está incomodado. Deve-se tentar uma coisa e outra, as coisas ao mesmo tempo. Pega-se no colo para conferir a reação, deita-se no berço para controlar o movimento.
É possível montar um histórico dos sinais. Debruçar-se em seus braços indefesos, prevendo uma sequência, um ritmo, uma melodia. Formular uma continuidade dentro das necessidades. É possível criar horários, colher hábitos e condicionamentos, porém nunca ter certeza absoluta do que ele sente. É dormir com a incompreensão do cuidado: Será que ele vive feliz? Trata-se de uma solidão curiosa, uma espécie de incomunicabilidade comunicativa: oferecer tranquilidade ao não desfrutar da própria tranquilidade.
O desejo é ouvir um par de vocábulos para se acalmar. Um aviso de que corremos no caminho certo, de que somos vocacionados; um pouco desajeitados, mas vocacionados.
A vontade é que a criança declare publicamente que é amada.
Não acontece, não vai acontecer.
Pela primeira vez, somos absolutamente incompetentes. Tanto faz se a mãe é aeromoça ou diplomata e conversa em cinco idiomas. Temos que recuar aos gestos e inclinar o corpo para atender uma urgência. Recuar para a absoluta falta de palavras.
O bebê está encarando e pedindo uma solução. E agora? Não é adequado chamar a avó, minuto a minuto, para nos acudir. E agora? Experimenta-se um misto de precipitação e generosidade. Talvez a precipitação seja generosa. Talvez seja loucura de nossa parte, ansiedade, inventamos casualidades e o menino apenas se espreguiça na colcha fofa.
É fazer um gesto e ver que não é aquilo, armar um novo gesto e não ser aquilo. A mãe recente é uma mímica acenando com os cílios para aviões.
Mirian irá se acostumar com o silêncio. Cada vez mais. Descobrirá que ouvir não é entender. Entender depende do esforço da imaginação. Seu filho já tem o que precisa: uma boca para ler.
http://carpinejar.blogspot.com/2010/07/ouvindo-conchas.html
quarta-feira, agosto 04, 2010
NOVAS
Oi Pessoal!!!
Muito tempo sem passar por aqui...
Muito tempo mesmo!!!
Não quero perder tempo também me justificando...
O importante é que voltei!
Isso mesmo... Voltei!
E espero ter voltado com força pra postar sempre!!!
Na verdade, hoje em especial tenho um bom motivo para isso:
Hoje eu venho aqui e trago a melhor noticia que eu já poderia dar...
Nesse loooongooo periodo de abandono desse cantinho aqui, muitas coisas aconteceram... Um das mais especiais e que merece um grande destaque é que eu e o Lucio fomos agraciados com um grande presente de Deus!
Estamos esperando um Filho!
Estamos ansiosos e muito felizes na espera do nosso DANIEL!!!
Aos poucos vou compartilhando mais um pouco desse momento maravilhoso que estou vivendo! (Espero ter tempo pra postar com frequencia)
Abração!!!
Leila
Muito tempo sem passar por aqui...
Muito tempo mesmo!!!
Não quero perder tempo também me justificando...
O importante é que voltei!
Isso mesmo... Voltei!
E espero ter voltado com força pra postar sempre!!!
Na verdade, hoje em especial tenho um bom motivo para isso:
Hoje eu venho aqui e trago a melhor noticia que eu já poderia dar...
Nesse loooongooo periodo de abandono desse cantinho aqui, muitas coisas aconteceram... Um das mais especiais e que merece um grande destaque é que eu e o Lucio fomos agraciados com um grande presente de Deus!
Estamos esperando um Filho!
Estamos ansiosos e muito felizes na espera do nosso DANIEL!!!
Aos poucos vou compartilhando mais um pouco desse momento maravilhoso que estou vivendo! (Espero ter tempo pra postar com frequencia)
Abração!!!
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