sexta-feira, agosto 06, 2010

uma das coisas mais lindas que eu já li, e quero compartilhar...
foi escrito há tanto tanto tanto tempo, mas parece que foi escrito ontem.
a Palavra de Deus é viva e eficaz, foi para ontem, é para hoje é será para sempre!!!

“Embora a seca seque fontes e rios

E os campos fiquem esturricados,

E o gado morra de sede e fome,

E as queimadas devorem os pastos

E os machados transformem florestas verdes em desertos áridos,

E os palácios estejam cheios de corruptos –

A despeito disso minha alegria continuará a florir

E farei poemas diante do Impossível.”


(Biblia Sagrada - Habacuque 3:17-18. Paráfrase).

Minha Flechinha!!!




“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.”

Salmos 127: 3-4

quinta-feira, agosto 05, 2010

Ouvindo Conchas

O Tio do Daniel, Láercio, sempre lembra de nós. Encontrou esse texto e me mandou. Achei lindo! Sensibilidade pura do autor! Diz muito da fase que iremos viver em breve. Muito bom, leiam...

OUVINDO CONCHAS -
Fabricio Carpinejar.

Uma amiga acabou de ser mãe. Frase engraçada. Mãe é nunca acabar de ser.

Mirian mudou completamente o rosto. Está mansa, ela que é conhecida pela rondas entre nomes e novidades. Permanece no mesmo assunto sem nenhuma indisposição. Aguarda que eu termine a pontuação para comentar algo. Fico até intrigado, logo ela afeiçoada à sobreposição de temas e gula insaciável por fofocas.

Achou em si uma serenidade que poucos conhecem. A maternidade é a mais rigorosa espera que há na vida. Depois dela, a gente percebe que o amor platônico da adolescência era superficial. A distância entre as gerações era superficial. Qualquer frustração era superficial.

Uma ilha deserta torna-se insignificante diante do oceano ilhado.

Não estou me referindo à gestação, aos nove meses, à laboriosa arquitetura do quarto, das roupas, da véspera.

A paciência começa agora quando Artur nasceu. É conviver com alguém que não expõe diretamente o que procura e exige nossos rompantes de adivinhação. O bebê se expressa pelo choro. E o choro não é sempre igual. Ele se comove pelo riso, pode ser cócegas. Existem tantas nuances em seus lábios como o leque para o teatro Nô ou as castanholas para a dança flamenca.

Toda mãe gostaria que o filho já falasse. Mas não adianta: ele não fala. Não irá pedir leite, não irá comentar que dormiu mal, não recomendará que se desligue a televisão ou que os pais parem de drama. Não dá para saber se está doendo, se está confortável, se está aquecido, se está com fome, se está incomodado. Deve-se tentar uma coisa e outra, as coisas ao mesmo tempo. Pega-se no colo para conferir a reação, deita-se no berço para controlar o movimento.

É possível montar um histórico dos sinais. Debruçar-se em seus braços indefesos, prevendo uma sequência, um ritmo, uma melodia. Formular uma continuidade dentro das necessidades. É possível criar horários, colher hábitos e condicionamentos, porém nunca ter certeza absoluta do que ele sente. É dormir com a incompreensão do cuidado: Será que ele vive feliz? Trata-se de uma solidão curiosa, uma espécie de incomunicabilidade comunicativa: oferecer tranquilidade ao não desfrutar da própria tranquilidade.

O desejo é ouvir um par de vocábulos para se acalmar. Um aviso de que corremos no caminho certo, de que somos vocacionados; um pouco desajeitados, mas vocacionados.

A vontade é que a criança declare publicamente que é amada.

Não acontece, não vai acontecer.

Pela primeira vez, somos absolutamente incompetentes. Tanto faz se a mãe é aeromoça ou diplomata e conversa em cinco idiomas. Temos que recuar aos gestos e inclinar o corpo para atender uma urgência. Recuar para a absoluta falta de palavras.

O bebê está encarando e pedindo uma solução. E agora? Não é adequado chamar a avó, minuto a minuto, para nos acudir. E agora? Experimenta-se um misto de precipitação e generosidade. Talvez a precipitação seja generosa. Talvez seja loucura de nossa parte, ansiedade, inventamos casualidades e o menino apenas se espreguiça na colcha fofa.

É fazer um gesto e ver que não é aquilo, armar um novo gesto e não ser aquilo. A mãe recente é uma mímica acenando com os cílios para aviões.

Mirian irá se acostumar com o silêncio. Cada vez mais. Descobrirá que ouvir não é entender. Entender depende do esforço da imaginação. Seu filho já tem o que precisa: uma boca para ler.


http://carpinejar.blogspot.com/2010/07/ouvindo-conchas.html

quarta-feira, agosto 04, 2010

NOVAS

Oi Pessoal!!!
Muito tempo sem passar por aqui...
Muito tempo mesmo!!!
Não quero perder tempo também me justificando...
O importante é que voltei!
Isso mesmo... Voltei!
E espero ter voltado com força pra postar sempre!!!
Na verdade, hoje em especial tenho um bom motivo para isso:
Hoje eu venho aqui e trago a melhor noticia que eu já poderia dar...
Nesse loooongooo periodo de abandono desse cantinho aqui, muitas coisas aconteceram... Um das mais especiais e que merece um grande destaque é que eu e o Lucio fomos agraciados com um grande presente de Deus!
Estamos esperando um Filho!
Estamos ansiosos e muito felizes na espera do nosso DANIEL!!!
Aos poucos vou compartilhando mais um pouco desse momento maravilhoso que estou vivendo! (Espero ter tempo pra postar com frequencia)
Abração!!!
Leila

terça-feira, julho 28, 2009

muito tempo...

só tô passando pra dizer que você não está esquecido... logo mais eu venho aqui!

segunda-feira, maio 04, 2009

Gripe

Ela veio pra cima de mim com tudo! Me derrubou, me deixou de cama!

Estou me erguendo ainda... À base de medicamentos, cházinhos, vitamina C e muito carinho da família e em especial do marido.

E o pior, não foi só isso... como se não bastasse, foi justo nessa semana que surgiu a "tal gripe". E só se falava nela... Mas ainda bem que não é a minha, mas que dá um medinho, dá...

Vejam o que eu encontrei no blog do Jasiel, vou deixar aqui pra vocês, porque já que a notícia assusta tanto, vamos descontrair com esse quadrinho:




Boa Semana!!!

quarta-feira, abril 22, 2009

Tênis x Frescobol


"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: “Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?” Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.”

Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo…” Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada.” É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma.”

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir… E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá…

Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…"

Rubem Alves

Vale a pena jogar frescobol, torna a vida muito mais gostosa, mais leve...


Um beijo, em especial, para o meu amor, meu companheiro de frescobol!